O QUE EU VI NOS 21 DIAS DE DANIEL?
Eu vi um homem insignificante diante das vidas espirituais que nos cercam e nos observam dos outros mudos criados pelo Eterno. Desejei ser elevado a um nível espiritual tão alto que orei pedindo ao Eterno que me permitisse subir ao nível espiritual aponto de ser percebido pelos seres espirituais nos outros mundos e nos céus.
Eu desejei prontamente alcançar essa maravilhosa benção. Porém, para se chegar a esse nível de espírito, aponto de ser visto pelos seres criados por Deus em outros mundos invisíveis aos olhos carnais e longe da compreensão humana, o homem precisa de uma vida inteira de sabedoria e conhecimento do Eterno para se elevar a eles.
ENTÃO peguei a cinza, espalhei com minhas mãos, me vesti de saco, e me prostrei diante do Eterno para me humilhar a ele e pedir perdão pelos meus pecados, e por ser um humano tão insignificante perturbando sua paz nos céus com orações egoístas e inúteis.
O que vi na elevação espiritual dos 21 dias de jejum de Daniel, foi a minha pobreza espiritual e a minha insensatez de tentar, com orações, exigir alguma benção ou a realização de qualquer feito diante do que é eterno e santo. Percebi a minha pequenez e minha insignificância. Vi que as orações dos homens realizadas de forma egoístas não passam do teto, e que o anjo, que foi designado para recolher suas orações e as levar até o santo templo em Jerusalém, não as recolhem e nem as carregam até lá.
Portanto, toda oração egoísta que deseja exigir de Deus qualquer operação de milagres e/ou prodígios, não são atendidas. E os milagres vistos pelo mundo em templos e igrejas de onde vinheram? Que milagres?
Curas e libertações, são frutos da fé do homem sobre a terra, pois essa é uma lei do universo criado por Deus. Pois tudo que o homem acreditar, será feito por intermédio de sua fé, e não por exigência e orações egoístas realizadas pelos homens que não possuem nem um poder em si para ser recebidas pelo criador. Ora os humanos carnais não podem, de maneira nem uma, exigir nada do criador, ele é santo, e apenas a nação santa, tem esse privilégio e mesmo assim não as fazem.
OS BENEFÍCIOS DO JEJUM
Durante o jejum de 21 dias de alimentos desejáveis aos olhos e o corpo, percebi minha elevação espiritual acontecer diante de meus olhos. Percebi o quanto os humanos são apequenados diante da grandeza do Eterno e seus feitos, e mesmo com uma elevação de sabedoria e entendimento espiritual percebi que aquilo não era nada mediante aos mundos que nos cercam e os seres que neles habitam, e mesmo com essa elevação espiritual estamos muito distantes do que é santo e desejável a nossa alma.
Vi que estamos perdidos em meio aos nossos prazeres terrenos e desejos de pecado. Dizemos que somos santos e realizamos orações egoístas, pedimos ao Eterno que é santo, coisas terrenas e matérias, para satisfazer nossos próprios desejos carnais. Percebi que podemos orar assim a nossa vida toda e quantas vezes quisermos por dia, essas orações nunca serão ouvidas, nem recolhidas pelo anjo e levadas a Deus. Mesmo que o santo anjo, esteja a vida toda fielmente ao nosso lado, esperando que uma oração não egoísta seja proferida por nossa boca, para assim ele cumprir com a sua missão e as levar até Deus. O anjo não pode levar até Jerusalém as orações egoístas e não podem atender com curas ou milagres pedidos, ou ordenações egoístas com a finalidade de obtenção de prazeres, lucros, ou elogios a quem as profere.
Com isso vi perder todas as minhas crenças no modelo cristão de buscar a Deus. Percebi que o nosso Deus, difere do que preguei e ouvi pregar a minha vida toda. Ele, o Eterno é santo, não procede com maldade, nem com ausência do amor eterno. Ele, o Eterno é santo e só pode agir onde existe santidade. Ele, o Eterno é justo e só pode agir com justiça. Ele, o Eterno cria o bem e o mal, porém o faz com amor e esperança no nosso arrependimento e convencimento a obediência a sua santa lei entregue ao profeta Moisés no monte Sinai.
Vi que quanto mais eu orava repetindo todas as três vezes ao dia os mesmos pedidos, que eu não tinha razão para estar ali, com tantas impurezas e imperfeições diante do que é santo e Eterno. Tamanha era a minha insignificância, que me dirigir aos céus era transgressão ao santificado mundo espiritual. E mesmo que minhas orações não fossem egoístas, me senti na humildade de pedir que ele, que é santo, fizesse apenas a sua vontade e não as minhas.
Mesmo com tanta imperfeição, quis eu habitar aquele lugar santo e elevado, pois poucos são os humanos que conseguem está ali, mesmo tão distante da elevação ideal diante dos prazeres espirituais que estão adiante a alma elevada a outros níveis de espiritualidade.
Percebi que mesmo, jejuando e orando a minha vida toda, nos próximos quarenta anos, não conseguiria jamais por eu mesmo alcançar os níveis acima de mim, pois minhas fraquezas e minhas mazelas, me impediriam de ser elevado a pelo menos ao próximo nível de santidade.
Observei durante esses dias de jejum de alimentos saborosos, que na carne estamos tão fracos que diante de Deus nas horas de súplicas, não sabemos o que pedir e nem como pedir, pois, mesmo com muito esforço em meus pensamentos, em todas as minhas palavras continha egoísmo e desejo de receber para mim mesmo as coisas que pedia a Deus. Então passei a orar e a pedir perdão por estar levando a ele minhas orações cheias de egoísmo e por não saber orar. Pedi a ele (ao Eterno) sabedoria e elevação, porém não fui atendido, pois; o que é 21 dias de jejum e consagração para alcançar uma elevação espiritual eterna?
Mesmo sobre a cinza e vestido de saco, humilhado como os antigos homens de Israel diante do Deus único, percebi que eu poderia ser a própria cinza, que diante dele, era a mesma coisa.
A santidade dos mundos a nossa volta é tão aquém da compreensão terrena que o homem com o estômago cheio de fezes e porcarias, inseridos na alimentação do seu dia, nunca conseguirá alcançar e contemplar suas belezas. Se compararmos os prazeres terrenos com os prazeres espirituais, não haveria palavras no planeta capaz de expressar a diferença. Portanto, só uma coisa me foi revelada, os milhares de prazeres terrenos obtidos na carne e no corpo, são apenas ilusões e vaidades. Os prazeres espirituais contidos em uma pequena elevação durante 21 dias de jejum de Daniel, são infinitamente maiores que todos os prazeres vividos e vivenciados no mundo inteiro desde sua fundação até hoje.
O Eterno é o nosso Deus, o Eterno é um, ele é santo, e não existe a possibilidade de ele estar onde existe pecado, falsidade, ausência de amor, e o não cumprimento de sua santa Torá, é por isso que ele escolheu Israel, e é por isso que essa é a única nação que pode se dirigir diretamente a ele em orações não egoístas e serem respondidos diretamente por seus santos anjos.
No entanto, ao derredor de cada ser humano sobre a face da terra, estão acampados os seus anjos, porem eles também são santos, e não podem atender pedidos egoístas e nem podem transmitir a Deus orações egoístas. Deus não pode ouvir orações egoístas diretamente dos homens não santos, pois ele é santo e não se contaminará com o mudando e egoísta. Tão pouco pode o homem terreno alcançar a salvação do mundo vindouro, sem alcançar a elevação espiritual necessária para alcançar dele (do Eterno), a benevolência eternal.
Por isso, durante as orações sobre as cinzas vestido de saco, vi sobre os seixos de britas no quintal de minha casa, três pequenas pedras, uma totalmente branca, uma totalmente preta, e uma misturada das duas cores que me chamou a atenção.
Então, chamei a minha esposa e contei-lhes uma sabedoria. Disse eu a ela que as pedras representavam a alma humana. Uma vez que quando saímos dos céus para um corpo terreno, nos misturamos com o escuro que representa o pecado e prazeres terrenos. Antes éramos como a pedra branca sem mancha alguma. Agora somos brancos e escuros, contaminados com o pecado, como aquela pedra de cores misturadas. Porem nossa missão e elevação espiritual, seria a de nos purificar do pecado, deixando de ser pedras escurecidas com a mistura negra, para a santidade e elevação, nos tornando brancos como a pedra perfeitamente alva.
No entanto, nessa jornada espiritual de elevação moral, muitas almas não alcançariam a perfeição e seriam sucumbidas com os prazeres terrenos, perdendo o seu alvo, sua luz interior e se tornando escuras como a pedra preta. Dessa forma, o homem não poderá entrar no mundo vindouro por sua escuridão.
A menos que o homem se torne branco com a pedra alva, ele não pode receber a benevolência de Deus, e ser salvo por sua bondade e misericórdia ao mundo vindouro.
Essa sabedoria mostra que não será fácil o homem vencer a si mesmo e seus desejos egoístas, para deixar sua escuridão e avança para o alvo, sua elevação espiritual.
Se não alcançar a elevação espiritual, o homem comum não poderá ver a Deus, nem mesmo os mundos criados pelo Eterno.
Quando escolhemos vir e habitar nesse mundo, garantimos ao Eterno que venceríamos a nós mesmos e nossos desejos de pecado e egoísmo, e nos tornaríamos brancos como a neve e estaríamos de pé diante dos mundos e dos santos criados por Deus que habitam nesses mundos, em santidade. Porém, uma vez aqui nessa terra, os prazeres desse mundo, nos enganam e nos tornam egoístas.
Essa luta acontece não apenas no plano terrestres e em nossos corpos terrenos, casacas, mas também no mundo espiritual, e os seres espirituais assistem com pesar e tristeza profunda, a destruição daqueles que um dia foram santos nos mundos onde estão. Com isso cesso a revelação dessa sabedoria, a mim revelada durante os 21 dias de jejum, orações e súplicas ao Eterno.
Conclusão.
O que comemos e o que bebemos, os prazeres da bebedeira, da glutonaria e os prazeres carnais e do conforto e sensação de enriquecimento e liberdade financeira, nos submetem a uma falência espiritual total e absoluta.
Escapar desse mundo terreno com suas forças, pecado, dores, tentações e vaidades é uma missão quase inalcançável humanamente. E essa sabedoria só me foi revelada pelo anjo do eterno, durante os 21 dias de humilhação, oração e jejum, conforme fez o profeta Daniel no passado.
Eu vi aqui duas escolhas a fazer, ou eu permaneço na vida de separação e santidade, ou retrocedo e esqueço qualquer esperança de habitar no mundo vindouro, esquecer que posso ser salvo, e que um dia poderei conhecer os mundos criados pelo Eterno. Pois não há nem uma outra maneira de habitar nesses mundos sem a devida elevação espiritual e separação total do terreno ao espiritual como faz os israelitas diante do Deus único, eteno e santo.
Se existe outro caminho, a mim não foi revelado durante esses 21 dias de dedicação em jejum, orações e súplicas. Sem a devida elevação espiritual e a sabedoria de Deus, aponto de alcançar a sua misericórdia em santidade, não vi outro caminho para a vida eterna.
Por esse motivo, os evangelhos nos apresentam a pessoa de Cristo como redentor, mas ele não me foi revelado na sabedoria espiritual durante os 21 dias de Daniel. E essa era a minha principal oração, a qual eu realizava em silêncio todas às vezes exceto a vez que me esqueci, uma única vez. Orava eu em silêncio ao Eteno para que me fosse revelado se ‘’Cristo, o Messias dos Evangelhos’’ era ou não o filho de Deus, ou apenas um judeu que criou uma religião diferente dos ensinamentos da santa Torá.
Mas nada me foi revelado esse respeito da forma em que pedi, se não, nessa sabedoria. Que para sermos salvos, devemos ser elevados ao nível de recebimento da luz divina, até alcançarmos o nível de recebimento da benevolência do Eterno, e só assim podemos receber a salvação eterna.
No mundo vindouro não haverá glutonaria, não haverá bebedeira, não haverá libertinagem, não haverá ódio e nem egoísmo.
Será uma terra santa onde habitará nela e nos seres que nela habitarem a presença da luz divina em uma elevação suficientemente para todos conhecerem ao criador. Também poderemos passear pelos mundos formados por ele, e pelos céus onde a sua luz se perpetua em bondade e benignidade para sempre.
Como pode, pois, o humano que vive uma vida inteira de pecados, de transgressões as leis sagradas, sem se elevarem espiritualmente, poderão alcançar sem esforço essa nova terra?
De fato, entendi pela sabedoria revelada a minha mente que, somente receberemos a luz divina se nos esforçarmos e nos elevarmos para os níveis espirituais, onde Deus pode nos doar sua luz. Sem nos elevarmos, sem nos esforçamos e sem chegar ao nível de elevação necessário para receber a luz divina e sua benevolência, não podemos ser levados para o mundo vindouro.
Esse é o nosso desafio, esse é o grande mistério da humanidade. Israel entende isso, e por esse motivo Israel é amado, é sábio, é defendido pelos anjos do eterno e guardado pelo próprio Eterno.
A torá é de Israel, e sua bondade nos fez conhecê-la pelo mundo todo, até suas sabedorias nos foram reveladas, porém, escolhemos trilhar o caminho mais fácil, onde a satisfação de nossa carne e a realização de nossas ilusões é o principal objetivo. E assim buscando a esse objetivo, nos afastamos de Deus, quando colocamos diante dele, nossas vans orações egoístas. Também o fazemos quando escolhemos, amar mais o bem-estar de nosso corpo, e não o buscamos em elevação espiritual.
Se o que comemos nos faz pecar? A resposta é sim! Se comemos e bebemos da forma errada, alimentamos nosso eu, e nos esquecemos da nossa alma. Se alimentamos nossa alma, nos esquecemos do nosso eu terrestre. A escolha é nossa.
Maurício Filho.