Ouça a minha visão.
Eu estava olhando nas minhas visões à noite e vi que me encontrava em um caminho estreito entre casas. Eu estava com uma mochila nas mãos, e dentro dela havia alguns pães e biscoitos que tinha comprado em algum lugar. Caminhava, então, com um companheiro, e passamos por alguns portões até chegarmos a uma casa bem grande, arrumada, naquele lugar que parecia mais uma favela. Então, olhei e vi o presidente Lula sentado ali.
Observei Lula conversando ao telefone, quando um senhor nordestino se aproximou em seu carro. O nordestino se dirigiu a Lula e pediu a ele um vale de gasolina, ao que o presidente assinou o papel e entregou ao homem.
Eu continuava observando esses eventos nas visões à noite, quando o presidente se sentou em uma cadeira velha, à minha frente. Ele conversava ao telefone e estava vestido com uma bermuda folgada e uma camiseta branca, com aspecto de simplicidade. Ele dizia estar hospedado com sua família, por um tempo, na casa de uma prima.
O presidente elogiava a hospitalidade de sua parente quando a vi se aproximar com outras mulheres. Elas conversavam entre si, e a prima do presidente estava vestida com roupas simples de dona de casa, usando bermuda e camiseta. Ela segurava uma vassoura e parecia estar varrendo a área onde o presidente se encontrava.
O presidente passou a conversar com a pessoa que estava comigo, falando sobre política e os esquemas de distribuição de combustível aos mais pobres. Então, o homem de aparência nordestina se aproximou e falou com o presidente, que lhe entregou um papel. O homem saiu do local com um sorriso no rosto, entrou em seu carro, que parecia antigo, e foi embora. Olhei e vi que o presidente comentou com o homem que tinha certeza de que Maurício estava com ele. Ao ouvir isso, pensei: “Estou aqui, mas não estou e nunca estarei contigo”.
Então, olhei para o céu e vi se formar uma grande tempestade, e logo começou a chover forte ali. Na frente da casa onde o presidente estava, havia pastos e montanhas à vista, formando uma bela paisagem. Na visão, não se sabia por que o presidente estava hospedado em um lugar de tanta simplicidade e pobreza.
Os céus escureceram e as nuvens ficaram azuladas, e muita água caiu do céu naquele momento. Após a forte chuva, vi que o presidente retornou ao atendimento de seus eleitores. Enquanto eu observava esses acontecimentos, abri minha mochila, olhei para os biscoitos caseiros que havia comprado na rua e pensei em deixá-los para o presidente. Porém, imaginei que ele não comeria os biscoitos por medo de envenenamento. Então, pensei na minha família e fechei a mochila, decidindo levar os biscoitos e os pães para casa.
Vi, então, o presidente de pé, conversando com novos cidadãos, e resolvi sair daquele lugar. Retornei pelo caminho estreito ao lado da casa da prima do presidente, onde ele estava, naquele lugar simples e cheio de portões.
Passei por um dos portões, que estava trancado com uma corrente e cadeado, impedindo minha passagem. Olhei e vi um jovem me dizer: “Tome cuidado com o cachorro”. Olhei para trás e vi um pequeno animal que, pelo seu tamanho, não parecia assustador, pois esperava um cão grande e feroz.
Quando olhei para o cachorro, percebi que, apesar de ser pequeno, seu rosto expressava uma possessão demoníaca. Corri para um antigo varal de lavar roupas no quintal e peguei uma foice. Com ela, tentava afastar o animal que tentava alcançar minhas pernas com seus enormes dentes. Eu me protegia do cachorro e, ao mesmo tempo, o golpeava na cabeça com a foice, mas nada acontecia com o animal.
A dona da casa e o marido chegaram ao local, e eu disfarcei os golpes que dava na cabeça do animal, que não se feria com eles. A mulher olhou, e, com o rosto cheio de desonra e perturbação, tentou acalmar o animal.
Um dos filhos dela correu e abriu o portão à minha frente. A mulher e o filho seguraram o pequeno animal para que ele não me atacasse.
Mesmo com medo do cachorro, desci do varal onde estava e corri em direção ao portão, enquanto o animal era impedido de se mover. Saí daquele emaranhado de casas, onde o presidente Lula estava, e caminhei por uma estrada de terra em direção à minha casa. Enquanto eu caminhava pela rua estreita à minha frente, acordei dessa visão.
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Visão real, não a nesse relato nem uma invenção e ou fantasias.